2007/03/13

made in china

transcrevo aqui a discussão q se dava por email a partir do envio para amigos e colegas q fiz da seguinte notícia portal vivercidades.



Chineses querem excluir arquitetos estrangeiros dos concursos de projetos realizados no país. O descontentamento interno cresceu – e muito –, quando o público interno constatou o pífio resultado das contratações feitas, no passado recente, sobretudo para projetos-icônicos, que agora estão em fase de conclusão das obras. Por exemplo, a nova Ópera de Pequim, apelidada de 'Ovo Podre', projetada pelo francês Paul Andreu, e criticada por sua implantação urbanisticamente descontextualizada e por seu caráter completamente alheio à cultura chinesa [un-chineseness]; a nova sede da TV chinesa, desenhada por Rem Koolhaas; o estádio olímpico 'Ninho de Pássaro'; e outras pirâmides bilionárias. Para complicar a coisa, todas essas contratações estão sendo hoje consideradas 'superfaturadas', já que os parceiros locais arcam com 50% das tarefas de desenvolvimento dos projetos mas faturam apenas 10% dos honorários. E a chapa esquentou ainda mais quando as 'estrelas internacionais' começaram a ser acusadas publicamente de "arrogantes" e de usar as oportunidades oferecidas no país para fazer "experiências".



Ópera de Pequim: mais uma
Ópera de Pequim: mais uma 'experiência' ocidental na China.
Imagem: AXYZ in www.linternaute.com

comentário de rodrigo azevedo:

Merda de artigo hein?! O problema é só o preço. Mas ainda bem que tem a china pra bancar isso!


comentário
meu:

não sei se é bem uma merda "o" artigo. mas a situação sim.


o fato é q o chineses queriam mainstream. por isso se fizeram valer dos artífcios globais. star sistem arquitetônico e etc. hiperobjetos.

o curioso é o feitiço voltar-se contra o feiticeiro na medida q o mercado deles mudou drasticamente - economica e, principalmente, culturalmente. a ponto de produzirem eles tb bons escritórios. daí a reserva de mercado. ou seja, liberou, agora quer fechar.

do ponto de vista arquitetônico é interessante ver a discrepância cultura/design/imagem entre local e global. aquele documentário mondovino, lembra?

agora, aqui pra gente, longe disso tudo, é curioso ver como a "tipologia paulista" é unipresente em todos os concursos. faça uma pesquisa nos concursos: capes, iphan, biblio puc, faculdade de medicina, memorial republica, museu tolerancia, tudo igual!

claro q dinheiro dá opção. mas a ausência dele não deveria dar monotipias.

o q fazer com o dinheiro é q é a pergunta.

mas tenho cada vez mais a impressão de que esta pujança q a china cria tem focos errados , como tentando criar um modelo neo-ocidental. e repentindo os mesmos erros.

quando tivermos dinheiro o que e como faremos?

comentários de
pedro rivera:

a crítica sobre experimentações é boa.
na europa ninguém dá esta liberdade a eles.
mas é também uma forma da china fazer seu marketing.
este projeto do ovo é uma bela merda