Chineses querem excluir arquitetos estrangeiros dos concursos de projetos realizados no país. O descontentamento interno cresceu – e muito –, quando o público interno constatou o pífio resultado das contratações feitas, no passado recente, sobretudo para projetos-icônicos, que agora estão em fase de conclusão das obras. Por exemplo, a nova Ópera de Pequim, apelidada de 'Ovo Podre', projetada pelo francês Paul Andreu, e criticada por sua implantação urbanisticamente descontextualizada e por seu caráter completamente alheio à cultura chinesa [un-chineseness]; a nova sede da TV chinesa, desenhada por Rem Koolhaas; o estádio olímpico 'Ninho de Pássaro'; e outras pirâmides bilionárias. Para complicar a coisa, todas essas contratações estão sendo hoje consideradas 'superfaturadas', já que os parceiros locais arcam com 50% das tarefas de desenvolvimento dos projetos mas faturam apenas 10% dos honorários. E a chapa esquentou ainda mais quando as 'estrelas internacionais' começaram a ser acusadas publicamente de "arrogantes" e de usar as oportunidades oferecidas no país para fazer "experiências".
Ópera de Pequim: mais uma 'experiência' ocidental na China. Imagem: AXYZ in www.linternaute.com |
comentário de rodrigo azevedo:
Merda de artigo hein?! O problema é só o preço. Mas ainda bem que tem a china pra bancar isso!
comentário meu:
não sei se é bem uma merda "o" artigo. mas a situação sim.
o fato é q o chineses queriam mainstream. por isso se fizeram valer dos artífcios globais. star sistem arquitetônico e etc. hiperobjetos.
o curioso é o feitiço voltar-se contra o feiticeiro na medida q o mercado deles mudou drasticamente - economica e, principalmente, culturalmente. a ponto de produzirem eles tb bons escritórios. daí a reserva de mercado. ou seja, liberou, agora quer fechar.
do ponto de vista arquitetônico é interessante ver a discrepância cultura/design/imagem entre local e global. aquele documentário mondovino, lembra?
agora, aqui pra gente, longe disso tudo, é curioso ver como a "tipologia paulista" é unipresente em todos os concursos. faça uma pesquisa nos concursos: capes, iphan, biblio puc, faculdade de medicina, memorial republica, museu tolerancia, tudo igual!
claro q dinheiro dá opção. mas a ausência dele não deveria dar monotipias.
o q fazer com o dinheiro é q é a pergunta.
mas tenho cada vez mais a impressão de que esta pujança q a china cria tem focos errados , como tentando criar um modelo neo-ocidental. e repentindo os mesmos erros.
quando tivermos dinheiro o que e como faremos?
comentários de pedro rivera:
a crítica sobre experimentações é boa.
na europa ninguém dá esta liberdade a eles.
mas é também uma forma da china fazer seu marketing.
este projeto do ovo é uma bela merda
a experimentanção pela experimentação também não nos serve de nada.
ResponderExcluire não acho que seja sequer experimentação, mas antes, trapzismo egotista.
cá na europa andamos a milhas da pujança insuflada da china. a china. a china das contradições. quis imagens, tem as imagens. os arquitectos europeus foram pagos para lhe fornecer essas imagens de uma contemporaneidade absoluta.
o problema é que a imagem "definitiva" é de alto contraste com a realidade "subjectiva". e razoavelmente feia.